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Nos 2 últimos anos de vida, de novo foi confrontado com alguma adversidade. Se preciso fosse, o que não era, mais uma vez demonstrou o ser forte, corajoso e repleto de abnegação que era. Com as capacidades físicas já um pouco debilitadas,o seu coração e a sua mente souberam transmitir aos que o rodeavam todo o Amor que transbordava do seu interior. Desprovido de qualquer tipo de egoísmo ou egocentrismo, entregou-se de corpo e alma a 1 luta que, mais uma vez venceria. Venceram as suas qualidades de ser humano completo: o Amor, a Amizade e a partilha de dificuldades que devem caracterizar o percurso de 1 verdadeiro homem ou mulher na sua caminhada pela vida. Penso que não foi por acaso que nasceu no dia 25 de Dezembro.....
Teresa Maria 25-05-2012
Ser Forte
Hoje poderei dizer, com toda a certeza, que o meu pai foi 1 exemplo de vida, vivida em toda a sua plenitude. Profissionalmente, fazia o que gostava e nunca lhe conheci qualquer fracasso. Perfeccionista por natureza, procurava sempre ser cada dia melhor. Tudo o que fazia menos bem lhe servia para se aperfeiçoar. Tudo para ele eram experiências positivas. No campo pessoal foram muitas as alegrias vividas mas também muitos os "desgostos". Vivia para a amizade e estava sempre disponível para estender a mão a quem dela precisasse. Travou uma luta constante para vencer os obstáculos e achava que a vida era isso mesmo: uma "guerra" composta de várias batalhas, umas que se ganham, outras que se perdem mas sempre em todas a obrigação de tirar as devidas lições. Homem de família, nunca o seu trablho impediu que a deixasse para segundo plano. Considerava-se um homem feliz. Gostava dos desafios da vida. Gostava muito de viver. Era muito "preso" à vida porque era com ela que se tornava um homem completo. Era ela a sua escola e foi ela que o tornou no homem que era e do qual se orgulhava. Vivia com a tranquilidade de "nunca ter feito mal a ninguém"......(sic)
Teresa Maria
A Vida é feita de Caminhos
Ao decidirmos construir este site de homenagem a meu pai, tivémos em mente homenagear não só a sua carreira profissinal, mas também o homem que foi, o ser humano que era. O seu trabalho e sua carreira são sobejamente conhecidos por todos mas, o ser humano inteiro, poucos conhecem. Dá-lo a conhecer um pouco melhor, é o que pretendo fazer nestas linhas.
Homem de sentimento e afectos, tinha alguma "timidez" na sua demonstração. Era através de um olhar, de um gesto que muitas vezes esses afectos eram transmitidos. Havia que estar atento..... Reservado por natureza, adorava a tranquilidade do lar. Prezava a sua privacidade e gostava que a respeitassem. As multidões, reservava-as para a sua vida profissional e era com elas que dava largas a sua capacidade de comunicação. Compreendia, no entanto que, como figura pública que era, admirado por milhares de portugueses, teria de abdicar de alguma dessa privacidade e aparecer em entrevistas e fotografias nos diferentes orgãos de comunicação. Não deixava, no entanto, de respeitar a vontade da família em se expôr ou não..... Foi capa de várias revistas....
Teresa Maria 11-06-2013
Homem de gostos simples e humilde no seu saber, estava sempre disponível para aprender. Amigo do seu amigo, nunca negou um pedido de auxilio. Prezava muito a Amizade, e a lealdade. Incomodavam-no a mentira, a falsidade e a injustiça.
Sempre bem informado, conhecia bem as grandes convulsões que afectavam o mundo. Ambicionava a paz entre os homens.
Era o grande pilar da sua família. Sabíamos que podíamos contar com ele incondicionalmente. Dáva-nos segurança, carinho e amor. A sua partida traduziu-se na perda do marido e do pai, mas sobretudo na perda do Amigo que sempre nos estendia a mão e sempre procurava poupar-nos de qualquer tipo de sofrimento. A sua presença física faz-nos uma falta imensa......
Teresa Maria 16-06-2012
O meu pai e a Amizade.....
Sabido é que o meu pai tinha uma vida social muito intensa.. Era 1 homem de quem muita gente gostava dentro e fora do sua área profissional. Simples e carinhoso, embora com alguma dose de timidez, fácilmente cativava as pessoas e, assim, ía construindo belas amizades, algumas das quais perduraram por toda a sua vida. De convívio fácil respondia a muitas solicitações de convívio social mas, sobretudo, de interesse pessoal e profissional para si. Daí que tenha angariado muitos conhecimentos e amizades, na sua área mas também em muitas outras já que, o seu interesse pelo saber e partilha de ideias e vivências eram imensuráveis. Tinha amizades, carinho, admiração e o respeito de todas as faixas etárias.
Seguem-se alguns exemplos.....
Teresa Maria 12-06-2013
C/ Daniel proença de Carvalho
C/ Amália Rodrigues
C/ Raul Solnado
c/ Ruy Castelar
(fotografia gentilmente cedida por este seu colega e amigo de sempre e
para sempre.....Obrigada Ruy)
C/ Jaime Fernandes e João David Nunes
C/ Catarina Furtado
C/ Paulo Bento
C/ Prof Moniz Pereira e António Sala
C/ o Prof Moniz Pereira
C/ Virgilio Castelo e José Eduardo Moniz
C/ Julio Isidro
C/ José C. Malato
C/ Mário Zambujal
C/ Octávio de Matos
C/ Manuela Maria
C/ Luis Aleluia (retirada do Mural do FB de L.A.)
C/ Mª Filomena (actriz)
C/ Adelaide de Sousa
C/ Jorge Gabriel-a amizade e a cumplicidade entre 2 amigos e colegas..
O encontro de gerações.Lindo de se ver.....1 exemplo a seguir
CLIQUE na foto em cima e veja.....
Mais amizade...c/ José Augusto.CLIQUE na foto para ver
C/ Eusébio
C/ Alexandre Pais
C/ António João Neves em Maio de 2010,
a quem agradeço a gentileza desta foto
c/ Henrique Mendes
C/ Carlos Castro
C/ Helena Ramos e Eládio Clímaco
C/ Maria José Valério
O meu pai e as novas tecnologias......
Homem inteligente que era, rápidamente percebeu, que não poderia passar ao lado.
Manualmente pouco habilidoso, com ele tudo se avariava: partia-se a fita das cassetes, encravava-se o botão do gravador, partia-se a agulha do gira-discos.....
No entanto, desde o primeiro minuto, aderiu ao telemóvel. Não tinha problemas em pedir ensinamentos e.... lá ía progredindo. Era preciso ter, porque os meios de comunicação estavam evoluindo e se modificando. Ora ele, como pessoa activa profissionalmente, tinha de acompanhar. Creio que teve o seu 1º telemóvel perto dos 70 anos... Nunca mais abdicaria dele.
Chegada a era da informática e aí estava ele de volta do computador a dar os primeiros passos, já depois dos 80 anos... Era um homem aberto ao progresso que não abdicava de o acompanhar. Fazia os seus trablhos no Word, mandava em e-mail, imprimia. Das redes sociais, não era grande fã... Dispunha das novas tecnologias, apenas naquilo que lhe podia ser útil ao seu trabalho. Um homem que nunca parou de evoluir como pessoa e como profissional e do qual sempre me orgulhei muito.
Teresa Maria 08-07-2012
O Natal e o meu pai....
Teria de faler nesta quadra. Ela era muito importante na vida dele. Por ter nascido no dia de Natal, ele adquiriria para si duplo significado: o nascimento de Jesus e o seu Aniversário. Iniciando-se o mês de Dezembro logo se via 1 brilho adicional nos seus olhos.... Homem de religião Católica, tinha a sua Fé e usava-a de forma muito intimista, só sua. Penso que foi a única coisa que não consegui que partilhasse comigo. Embora 1 não praticante, percebia-se que acreditava em algo que nos seria superior e sei que, em momentos de maior dificuldade, recorria a essa fé para equilibrar as forças....
Adorava passear pelas ruas iluminadas. Apreciava de forma peculiar, a árvore de Natal e o presépio que a minha mãe sempre fazia com o maior carinho e gosto. Cedo, começava a fazer os seus projectos de presentes procurando, astutamente,1 "deslize" nosso em conversas por ele provocadas.... Depois, poucos dias antes, saía sózinho e lá escolhia...... Cada presente era sempre acompanhado por 1 postal personalizado com palavras suas repletas de cores feitas por marcadores. E que saudades tenhode receber esses cartões.... Guardo-os religiosamente....
Vinha depois a ceia de Natal que sempre era feita apenas com os familiares mais chegados. Era tão bom ver a sua felicidade estampada no rosto. A família reunida, os acepipes que tanto apreciava..... Como sempre dizia "era a altura em que pisava o risco....." Meia-noite chegada (que fazia questão que fosse cumprido) era a hora de abrir os presentes. Presentes que para si eram a duplicar.....Parecia 1 garoto a desfazer laços e embrulhos. Apreciava o que recebia, agradecia a cada um e depois, dobrava criteriosamente os papéis, arrumava-os e separava o que iria estrear no dia seguinte, o dia do seu Aniversário.
O almoço de Natal/Aniversário era também em família, nunca faltando o bolo de aniversário e os "Parabéns a você",
Por estas razões, o Natal será sempre 1 época de saudades redobradas.
Teresa Maria 20-08-2012
O reveillon e o meu pai.....
A passagem de ano foi, durante várias décadas e devido à intensa vida social que a profissão exigia, celebrada em festas ou organizações de carácter social. Como já referi, o meu pai preferia a tranquilidade da sua casa sempre que tinha um "furo" na sua actividade profissional mas, sabia que tinha às suas costas o peso de toda uma responsabilidade profissional e dele não fugia. Acedia aos convites que lhe eram dirigidos e lá ía ele para os reveillons para os quais era convidado fazendo-se sempre acompanhar da sua mulher, de cuja presença fazia sempre questão. E assim foi décadas a fio....
Na sua última meis dúzia de anos de vida, decidiu que a privacidade do seu lar deveria ser obrigatória. E assim, vestido à vontade, de preferência com o seu roupão grená e umas calças de treino e camisola, vivia com felicidade as últimas horas do ano que terminava, junto dos seus familiares mais chegados. Sempre o recordo feliz e bem disposto nesses dias 31/12. Via-se televisão, beliscava-se uns petiscos de uma ceia cuidadosamente preparada pela nossa Adelaide e, perto da meia-noite, tratava de abrir uma garrafa de champagne e verificar se as passas estavam à mão... Ao bater das badaladas vinha o brinde e os beijos de Feliz Ano Novo tudo isto sempre com uma alegria imensa ainda com a recordação recente do Natal, do seu aniversário e do meu.... Dezembro era um mês de alegria no nosso lar, um mês de festas.....
Recordo estes reveillons com a nostalgia de um tempo que não volta mais mas também com a alegria dos belos momentos vividos com os meus pais ao longo da minha vida. Por isso, sinto-me abençoada.
Teresa Maria 30-12-2013
O Carnaval e o meu pai........
Pois é, decididamente era esta uma época que nâo apreciava......Vá lá saber-se porquê. Costumava dizer que não tinha paciência para desfiles, corsos e pessoas mascaradas. Ficava quase sempre nesses dias em casa.. Era a minha mãe que, quando eu e minha irmã éramos pequenas, se encarregava de nos levar a alguns locais de divertimento.. No entanto, quando profissionalmente, era preciso lá ía com todo o seu empenho. Ficaram célebres os carnavais do teatro S.Luis apresentados por ele e dos quais me recordo perfeitamente, onde várias vezes actuou o Ivon Curi, conhecido cantor brasileiro da época e amigo pessoal de meu pai.
Lembro-me de ele contar, com alguma "irritação" que, nun Carnaval em que teve de se deslocar ao Porto, ter encontrado uma senhora que teimou em lhe dar repetidamente com o alho pôrro na cabeça.......
De salientar aqui o enorme poder de persuação que a minha mãe tinha. Conseguiu que fosse e se mascarasse para um baile trapalhão no Casino do Estoril, penso que nos anos 60-70.. Devo dizer que ficaram classificados em 2º lugar......
Nem a sua estadia no Brasil o fez mudar. Apreciava os desfiles das escolas de samba mas só assistia pela televisão........Confusões não era com ele........Mais uma coisa que herdei dele.. Detesto o Carnaval........... Teresa Maria 01-12-2012
A "brincadeira" e o meu pai............
Pois é..... Ao contrário do que se poderá imaginar, fora da sua actividade profiss ional, o meu pai era 1 pessoa tímida. Em casa ou em reuniões com amigos, preferia ficar a observar..... Não deixava passar nada e divirtia-se á sua maneira. Não contava anedotas em privado e, apesar de gostar de brincar, tinha o seu modo de o fazer. Não dizia"asneiras" nem gostava de as ouvir. Em casa, deixava que fosse a sua companheira a comandar a "festa". Mulher alegre e extrovertida, a minha mãe sempre teve comigo 1 relação muito cúmplice. Tinhamos e temos as nossas brincadeiras, por vezes algo apimentadas...... Ele, sem se manifestar, deixava que brincássemos e, lá bem no seu íntimo, até gostava. Arrancavam-lhe alguns sorrisos mas, como sempre dizia, "não alimentava a coisa".......Ahahahah pai, como tu adoravas ver-nos felizes..... Como tu adoravas que brincássemos...........
Beijo Paizão
Teresa Maria 16-03-2013
Como me recordo desta noite..(Outubro de 2010)
Brincávamos apesar de tudo....
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Queiram ter a gentileza de assinar o Livro de Visitas... ficamos desde já agradecidos.
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